7.10.09

TRANSFERÊNCIA DE MENORES NO FUTEBOL


Hoje vi nos jornais que (finalmente) o Benfica "vendeu" os direitos desportivos de um dos seus enormes talentos, Toni Brito (16 anos), ao Liverpool, por cerca de 300 mil Euros (mais uma boa percentagem do passe do jogador e outros bónus em caso de "chegada" à equipa principal).

O jogador está, desde há muito tempo, referenciado pelos principais emblemas do futebol europeu, com especial destaque para o interesse de emblemas ingleses. O Chelsea, que em Portugal conta com o scout Flamming Berg (dinamarquês, casado com uma portuguesa, vive em Guimarães), foi um dos primeiros a demonstrar interesse no jovem Toni Brito.

Esta transferência acontece numa fase em que muito se debate a problemática das transfrências de menores. Platini e Blatter dizem ter vontade de que estas sejam "banidas", mas nunca o vão conseguir... é a minha opinião.

O processo burocrático que entrou em vigor no passado dia 1 de Outubro, com o novo Regulamento relativo ao Estatuto e Transferências de Jogadores, não difere em muito daquilo que eram as exigências das Federações, tendo apenas como principal alteração, o facto das transferências de menores necessitarem agora da aprovação prévia de uma Sub-comissão do Estatuto dos Jogadores da FIFA.

O ponto em que Platini e Blatter queriam tocar era no acompanhamento dos pais e condições de alojamento e escolaridade... mas essa é, desde há bastante tempo, uma exigência dos regulamentos das várias Federações e as transferências de menores fizeram-se à mesma... bastando para isso provar que os pais vieram para o determinado país residir por outras razões que não o futebol (trabalho, em busca de melhores condições de vida é justificação suficiente).

Dando a minha opinião, em relação a este último ponto: hoje, em tempos de "vacas magras", os pais são os principais impulsionadores no caso do interesse de um Clube grande. O dinheiro, ou a falta dele, a isso obrigam. O futebol é hoje uma esperança financeira, mais do que um sonho de menino. Casos como Ronaldo ou Messi são exemplos tidos em conta. Não sei se condeno os pais ou os clubes... acho que não... seriedade aos pais e boa conduta aos clubes na formação Humana e desportiva devem ser suficientes para uma boa base de crescimento!

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