De Espanha ouvem-se gritos de revolta da maioria dos clubes profissionais, que mantém a promessa de levar o seu protesto até à última das opções... a greve!
A acontecer, não será nada de inédito no futebol, mas sempre que acontece, o mediatismo é tanto que pode sempre dar para despertar consciências.
Aqui "ao lado", "nuestros hermanos" têm outro tipo de procedimentos quando se fala em negociação de aspectos que podem alterar questões regulamentares que implicam a sociedade em geral. Desde há algum tempo que há negociações entre a Liga espanhola, o governo, o conselho superior dos desportos e os grupos parlamentares, para que seja revogada uma lei que obriga a que haja um jogo transmitido em canal aberto por semana, bem como a lei das apostas desportivas.
Em Portugal queixamo-nos, e bem, dos horários dos jogos, mas em Espanha a questão é mais profunda: não é obrigatório haver sequer um jogo em canal aberto por semana! Os valores pagos aos clubes é também totalmente diferente daquele que é desembolsado cá o "burgo" e a Liga espanhola considera que esta obrigatoriedade diminui a capacidade negocial com os broadcasters.
Quanto às apostas, continua a luta para que os clubes tenham mais benefícios. Depois de clubes como Real Madrid e Sevilha terem assegurado o patrocínio de empresas de apostas, o problema agora reside nos benefícios que os clubes consideram ser muito mais para o lado da empresas e o futebol, à imagem do totobola em Portugal (mas com valores ridiculamente elevados), deviam ter direito a uma percentagem dos lucros. Se em Espanha a luta é grande, em Portugal ainda "será" e adjectivada de "titânica"...
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