
E uma vez mais o Vitória de Setúbal consegue a manutenção na última jornada, no mesmo local de há duas épocas, a Figueira da Foz. Curiosamente o "comandante" do navio do Sado voltou a ser Carlos Cardoso que, com a humildade que tem, demonstrou a outros mestres da bola que "à moda antiga" ainda funciona! Não é fácil explicar como uma equipa com salários em atraso, fraco balneário e uma má "performance" durante a maior parte da época, tenha conseguido atingir o objectivo da manutenção. Daúto Faquirá iniciou o caminho, mas rapidamente os adeptos vitorianos o afastaram, dados os resultados desportivos. Sem dinheiro, a solução foi "caseira" e Cardoso voltou a ter a espinhosa missão de salvar o seu Vitória. Assim o conseguiu, mas teve de "puxar" bem pelos seus jogadores e esperar que a sorte estivesse com ele... e esteve pois, para os menos atentos, na segunda volta apenas venceu 4 jogos e empatou 2. Mas isso agora é o que menos interessa, pois o trabalho está feito e a lição a retirar é a de que acima dos discursos trabalhados a pensar nos jogos de bastidores, como um dos que desçeram se preparar para fazer, está o trabalho dentro de campo e esse mérito tem de ser reconhecido a Cardoso e a todo o grupo do Vitória, pois apesar das dificuldades, demonstraram grande brio.As conferências de imprensa de Cardoso foram sempre muito "puras", apesar do seu discurso ser "giro" (esta do "giro" era mesmo de ironia:): A frase da época para mim foi: "Queremos é pontuar, não interessa jogar bem. Se querem bom teatro vão ao Luisa Todi"... e mai nada Mister!!!
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